Tem gente que passa a vida tentando caber.
Caber no relacionamento que fere.
Caber no trabalho que não valoriza.
Caber na família que julga.
Caber na roda de amigos que não escuta, só usa.
E aí vai a verdade dura:
Se, pra caber, você precisa se apertar, então já deixou de ser você faz tempo.
Não é sobre ser útil a qualquer custo.
Não é sobre ser aceito em qualquer mesa, em qualquer abraço, em qualquer vínculo.
É sobre saber o seu tamanho — e não permitir que ninguém o dobre pra caber onde não há espaço para a sua dignidade.
Se você precisa viver pisando em ovos, medindo palavras, engolindo sentimentos, então você não está sendo respeitado.
Está sendo tolerado.
E isso não é amor, nem amizade, nem parceria.
É prisão emocional com algemas invisíveis.
Não imprense pra caber.
Quem te quer de verdade não exige que você se aperte — te oferece espaço.
E quem só vê utilidade em você, não te vê. Te usa.
Se for pra perder a paz pra manter o lugar, então o lugar já está perdido.