A vida é feita de escolhas. E toda escolha revela um lado. Fingir neutralidade pode parecer sabedoria, mas muitas vezes é apenas medo de se comprometer.
Na política, como na vida, quem não escolhe um lado acaba servindo aos interesses de quem já tem poder. E poder sem contraponto vira comodismo. Vira mais do mesmo. Vira silêncio diante do que precisa mudar.
Ter lado é saber o que se defende. É olhar para a cidade, para as pessoas, para as decisões que afetam vidas, e dizer: “eu estou aqui, por isso, por essas ideias, por esse caminho”. É não se esconder atrás do discurso do “tanto faz”. Porque nunca é tanto faz.
Na vida e na política, ter lado é ter identidade. É ter propósito. É não se perder no jogo das conveniências. Quem tem lado pode até errar — mas erra tentando fazer diferente. Já quem vive em cima do muro, só acerta quando o vento sopra a favor.
E quando o futuro cobrar o que cada um fez no presente, só quem teve lado terá uma história para contar.